O Primeiro Vírus de Computador – História do Elk Cloner
- Time do TheWebGuardian
- 21 de fev.
- 3 min de leitura

Como Tudo Começou
No mundo moderno, lidamos com ameaças digitais diariamente, desde ransomware até spywares.
Mas, você já se perguntou como tudo isso começou? O primeiro vírus de computador, chamado de "Elk Cloner", surgiu em 1982.
O mais interessante é que ele não foi criado por cyber criminosos, mas por um adolescente curioso de apenas 15 anos!
O Criador do Elk Cloner
O responsável por essa "obra" foi Rich Skrenta, um adolescente fascinado por computadores e programação – um legítimo “script-kiddie”.
Skrenta costumava fazer pegadinhas com seus amigos, enviando programas modificados que, quando executados, causavam pequenos aborrecimentos, como desligar o computador de forma inesperada.
Elk Cloner, no entanto, foi uma de suas criações mais marcantes.
Skrenta desenvolveu o vírus para o Apple II, um dos computadores pessoais mais populares nos E.U.A. no final dos anos 70 e início dos 80.

Seu vírus, que ele batizou de "Elk Cloner", era inicialmente uma brincadeira que ele não esperava que fosse tão longe.
Mas, por ser um vírus auto-replicante, Elk Cloner rapidamente se espalhou para outros computadores através dos disquetes, surpreendendo até o próprio criador.
Como o Vírus Funcionava
Ao contrário dos vírus destrutivos que viriam mais tarde, o Elk Cloner era relativamente inofensivo.
Ele não corrompia arquivos, nem causava danos permanentes ao sistema. No entanto, ele tinha uma característica que o tornava especial: ele se replicava silenciosamente entre disquetes.
Quando um usuário executava um programa infectado por Elk Cloner, o vírus se instalava na memória do computador e infectava o próximo disquete que fosse inserido no drive.
A cada inserção de um novo disquete, ele se copiava para a mídia, e assim continuava a se espalhar.
Mas o que tornava o Elk Cloner particularmente interessante era o fato de que, após a 50ª inicialização do sistema com um disquete infectado, uma mensagem “poética” aparecia na tela:

"Elk Cloner: O programa com uma personalidade Eu entrarei em todos os seus discos Eu vou me infiltrar nos seus chips Sim, é o Cloner!
Eu vou grudar em você que nem cola Eu vou modificar a RAM também Mande entrar o Cloner!”
A mensagem era divertida e anunciava a presença do vírus, mas sem causar danos reais.
No entanto, ele demonstrava a vulnerabilidade dos sistemas da época, e abria caminho para uma nova era de ameaças cibernéticas.
O Impacto e o Legado
Hoje, olhando para trás, é fascinante pensar como o Elk Cloner - um vírus simples e inofensivo, marcou o início de uma era.
Isso acabou levando ao desenvolvimento de antivírus, firewalls e diversas outras ferramentas de segurança cibernética.
Embora Rich Skrenta não tivesse a intenção de causar danos, ele foi um pioneiro involuntário de uma revolução digital que transformaria a forma como lidamos com segurança em sistemas informatizados.
Os vírus de computador evoluíram desde então, tornando-se cada vez mais sofisticados e perigosos.
O impacto de um vírus como o WannaCry em 2017, que causou prejuízos milionários ao explorar falhas de segurança em sistemas Windows, é uma prova de que as ameaças continuam a crescer.
Porém, o legado de Elk Cloner nos lembra de que a curiosidade e a criatividade podem ser tanto uma força para o bem, quanto uma ferramenta perigosa nas mãos erradas.
O Surgimento de Vírus Mais Perigosos
Após o Elk Cloner, a comunidade de programação começou a tomar consciência da possibilidade de criar vírus mais complexos e potencialmente perigosos.
Apenas quatro anos depois - em 1986, o Brain - primeiro vírus para PCs com MS-DOS, foi criado por dois irmãos paquistaneses.
O Brain era muito mais sofisticado que o Elk Cloner, e inaugurou uma era de vírus criados para infectar os discos rígidos de computadores pessoais.
Em 1988, o Morris Worm atingiu a internet (ainda em seus estágios iniciais), causando danos significativos e tornando-se um marco na história dos ataques cibernéticos.
O Morris Worm foi um dos primeiros exemplos de como programas auto-replicantes poderiam afetar uma rede inteira de computadores, e não apenas sistemas isolados.
Considerações
O Elk Cloner pode ter começado como uma brincadeira simples e inocente, mas seu impacto foi significativo.
Ele abriu os olhos de desenvolvedores e especialistas em tecnologia para a necessidade de proteger seus sistemas e dispositivos.
Hoje, estamos mais preparados – protegidos com antivírus, firewalls e outras tecnologias e recursos, mas a batalha contra vírus e malwares ainda continua.
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